blogsteiras

22 de novembro de 2004


As vezes escrevo aqui dizendo que o Brasil é um país surrealista. Continuo achando tanto como continuo acreditando que em mais uns 400 ou 500 anos teremos um país incrível, moderno, seguro, de povo instruído, de classes sociais variadas onde o pobre é pobre mas não miserável. Onde os ricos cotinuarão ricos mas não donos de tudo muito menos da verdade. Várias classes sociais sim mas com distâncias menores, plausíveis, aceitáveis. Um país onde os operários braçais ou mais especializados continuarão existindo assim como técnicos das mais variadas profissões realizando, criando, gerando e gerindo a economia de todos. Onde ser pobre não seja ignorância absoluta, não seja passar fome, não seja mendigar por não poder trabalhar.
Mas, por enquanto, continuo achando o país surrealista por todos os absurdos que vemos a cada dia. Mas tem coisas que nos surpreende! Não que os vizinhos do Paraguay estão em verdadeiro ´"pé-de-guerra", reclamando e protestando veementemente por conta da polícia federal brasileira não permitir que o contrabando comprado lá seja "internado" aqui???
Tenho que concordar... Se somos um país surrealista, não estamos sozinhos.....


Padu |

21 de novembro de 2004


As vezes dá um certo vazio de palavras, de idéias. Mas só para escrever. As idéias sempre estão presentes, sempre rodeando pela cabeça questionando, implicando, reagindo e até, algumas vezes, concordando.
Perguntas que ocorrem qdo comemoram o Dia de Zumbi ou da Consciência Negra, tipo: quando se comemora o dia do Branco? Por que esse racismo todo, essa discriminação?
Recentemente um jovem juiz de Direito reinvindicou o direito de ser chamado de Senhor ou Doutor. A mídia, como sempre, deturpa o sentido, o significado, passando ao largo sobre os fatos e preferindo a ficcção, muito mais atraente para jogar idéias erradas para o povo.
Ninguem se preocupou em ler a Inicial na qual o referido juiz expõe suas razões, suas provas e justificativas para exigir tal direito. Ninguem se preocupou em se colocar no lugar dele e avaliar as implicações, inclusive da contra-partida: e se o Dr. Juiz chamasse aqueles que insistem em não respeitar sua posição, sua pessoa, de "neguinho", "paraibinha", "baianinho", "criolinho", etc?
Aí certamente a imprensa, ONGs e outras inutilidades equivalentes, fariam um tremendo barulho: "Como um DOUTOR, um JUIZ DE DIREITO, ousa desrespeitar um cidadão honesto e trabalhador em função da humildade do seu status na sociedade????"
Nesse nosso país jovem, estranho, ficcional, os governos se desdobram em favorecer os muito ricos (sorrateira e disfarçadamente) e só aparentemente, os muito pobres (explícita e descaradamente). E tentam por todas as formas acabar com a classe média (aquela que na verdade sustenta o país, gera economia, gera a inteligência, etc). Com a incrível mentira de desejar melhorar a vida dos pobres, nivelam por baixo. Os fatos mostram que ao invés de tornar os pobres menos pobres, estão tornando todos em miseráveis.
Assim, chegará o dia em que teremos um país de miseráveis, ignorantes, gado da pior espécie, dirigidos por uma pequena e poderosa malta de muito ricos. O país ideal para demagogos, desonestos, bandidos como esses que estão aí se esforçando em acabar com o pouco que resta de cultura, inteligência e poder de transformar o país em algo do qual todos que nele nascem possam se orgulhar....


Padu |

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