blogsteiras

22 de setembro de 2004


Bom, já olhei, conferi direitinho.. Passou o 11 de Setembro e não caiu nenhum prédio por colisão de avião. Então continuamos aqui...
Mas como tive uns pensamentos pecaminosos, como um avião acertando a casa da Martha, tive que me penitenciar, assim resolvi assistir um programa eleitoral gratuito. Eu sei, eu sei, não precisava tanto, mas penitência tem que ser assim, pesada, dificil.
Assim ouvi o que Bittar (esse cara não foi prefeito em Campinas??), ouvi o Crivella (Não devia ser candidato na Bahia?), ouvi o Conde (conhecido como Menino Maluquinho, não sei porque).
Puxa, deviam colocar todos eles na prefeitura. Se somar tudo o que eles farão pela cidade a Suiça será classificada como terceiro mundo!!
Mas o que me chamou mais a atenção foi o fato que todos os candidatos falaram do Cesar Maia. Gastaram boa parte do caro espaço das TVs falando de outro candidato e não sobre suas pretensas realizações, caso eleitos.
De onde concluo que Cesar Maia vai ganhar essa eleição, afinal até seus opositores só tem palavras pra ele!
Em SP, onde vejo a briga eleitoral numa confortável distância, a coisa é mais surrealista ainda. O PT da Marthaxa (a prefeita que tenta transformar SP numa mistura de Veneza com Cidade do México, ou seja, uma cidade alagada com transito mais caótico do que já é...) faz chantagem com Maluf para que ele não critique a sra. Favre e sim o Serra. Maluf não fala mal da prefeita e o PT não vê ele no caso Banestado.
Esse é aquele partido radical, sem rabo preso, que não vai aceitar intervenção de FMI, cujo presidente não irá viajar pra todo lado como seu antecessor, etc,etc..
E dizem que a profissão de prostituta, apesar de antiga, até hoje não é reconhecida.


Padu |

11 de setembro de 2004


Não sou muito de navegar pelos blogs da vida. Tem alguns onde "bato o ponto" sistematicamente.
Mas um deles me chama a atenção. Cadê o pessoal do mocoh?? Gente, que é isso?? O mar não tá pra peixe, crises existenciais, vida atribulada, etc, etc.. Tudo bem, mas não podem ser mais folgados que eu não, que só escreve muito de vez em quando.. Tratem de juntar a turma e falar besteira pois a vida só é boa quando rimos das tranqueiras que ela nos apresenta, quando rimos de nós mesmos.
Fora com esse desânimo e dedos nas teclas, vai....


Padu |

8 de setembro de 2004


Foi só falar em censura e o texto ressurgiu das brumas cibernéticas. :)


Padu |


Aviso:
Perdeu-se um texto interessante sobre mancadas jurídicas, ou seja, as abobrinhas que alguns advogados despejam nos tribunais americanos..
Será que fui censurado??


Padu |


DESORDEM NO TRIBUNAL(VERÍDICO)

Retiradas do livro "Desordem no tribunal".
São coisas que as pessoas realmente disseram, e que foram transcritas textualmente pelos taquígrafos, que tiveram que permanecer calmos enquanto estes diálogos realmente aconteciam à sua frente e à frente do juiz.
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Pergunta: Qual é a data do seu aniversário?
Resposta: 15 de julho.
P: Que ano?
R: Todo ano.
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P: Essa doença, a miastenia gravis, afeta sua memória?
R: Sim.
P: E de que modo ela afeta sua memória?
R: Eu esqueço das coisas.
P: Você esquece... Pode nos dar um exemplo de algo que você tenha esquecido?
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P: Então, a data de concepção do seu bebê foi 08 de agosto?
R: Sim, foi.
P: E o que você estava fazendo nesse dia?
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P: Ela tinha 3 filhos, certo?
R: Certo.
P: Quantos eram meninos?
R: Nenhum
P: E quantas eram meninas?
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P: Doutor, quantas autópsias o senhor já realizou em pessoas mortas?
R: Todas as autópsias que fiz foram em pessoas mortas...
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P: Aqui na corte, para cada pergunta que eu lhe fizer,
sua resposta deve ser oral, ok?
Que escola você freqüenta?
R: Oral.
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P: Doutor, o senhor se lembra da hora em que começou a examinar o corpo da vitima?
R: Sim, a autópsia começou às 20:30h.
P: E o sr. Décio já estava morto a essa hora?
R: Não... Ele estava sentado na maca, se perguntando porque eu estava fazendo aquela autópsia nele...
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P: Doutor, antes de fazer a autópsia, o senhor checou o pulso da vítima?
R: Não.
P: O senhor checou a pressão arterial?
R: Não.
P: O senhor checou a respiração?
R: Não.
P: Então, é possível que a vítima estivesse viva quando a autópsia começou?
R: Não.
P: Como o senhor pode ter essa certeza?
R: Porque o cérebro do paciente estava num jarro sobre a mesa.
P: Mas ele poderia estar vivo mesmo assim?
R: Sim, é possível que ele estivesse vivo e cursando Direito em algum lugar!!


Padu |

2 de setembro de 2004


Estava aqui olhando pra meu dedão do pé direito e pensando.. É..Costumo ter muitas conversas com ele, discutimos sobre todos os assuntos. As vezes o convenço das minhas idéias, as vezes ele me convence dos sentimentos dele.. Já o dedão do pé esquerdo é meio taciturno, de pouco falar e menos ainda de emitir suas opiniões. São muito próximos e, no entanto, diferem completamente de genio.
Estávamos (eu e o dedão do pé direito) discutindo a forma de entendimento das palavras. Como uma mesma palavra pode ser entendida de tantas formas diferentes?
Ele, (o dedão do pé direito) diz que está feliz por trilhar os caminhos que percorro enquanto ele,(o dedão do pé esquerdo) só lamenta por ser obrigado a seguir o mesmo caminho.
Ambos vêem as mesmas coisas, ouvem as mesmas coisas, sofrem com o calor de uma areia escaldante na praia, se extasiam com o mergulho nas águas geladas trazidas pelas ondas.
Se um reclama do calor o outro replica que nem está tão quente assim. Se outro fica roxo e indignado com o mergulho na água fria, um considera um exagero, uma verdadeira provocação, só porque ele gostou do contraste.
As vezes, estico as pernas e me ponho a ler, deixando que ambos fiquem lado a lado para avaliar suas diferenças. Disfarçadamente fico atento à discussão entre eles.
Ambos se gostam, se apoiam, entendem que não poderiam viver sem a presença do outro. Mas se pegam nos detalhes, competem constantemente procurando impor suas opiniões em detrimento da opinão do outro.
Mas, após muita conversa, vejo que pouco a pouco, cada um cede um pouco. A amizade que os liga permite que, independente da opinião que tenham, das certezas de seus atos e sentimentos, podem contornar as diferenças, aceitarem-se mutuamente por entenderem que a união deles é maior que a pretensa e ilusória "vitória" de seus pontos de vista particulares.
Sempre concluem, ao final, que cada um é como é. E que foi assim que aprenderam a gostar um do outro. Concluem que, ao tentar impor suas afirmativas, estão na verdade querendo que o outro seja seu espelho, seu reflexo idêntico. E que isso, ao invés de uni-los, acabará por afastá-los de vez.
Assim, ao longo do tempo, ambos descobriram que podem colocar seus pontos de vista, procurar explorar e justificar, mas não, necessariamente, impor-se sobre o outro. Que são do mesmo tamanho, tem a mesma estatura, se completam. E se isso deixar de acontecer o desequilibrio prejudicará a ambos.
Assim, vendo eles se entenderem, fico feliz e entendo porque sou feliz: há um equilibrio, bom-senso, vontade de entendimento, um constante esforço no sentido de terem suas opiniões próprias sem obrigar que outros concordem com elas.
E assim, aprendendo com meus dedões, procuro agir como eles, aceitando as pessoas como são. gostando delas do jeito são. Aceitando o fato que ao ceder aqui e ali, não me rebaixo, não me reprimo, não me entristeço, não me sinto derrotado ou vitorioso. Pelo contrário, me sinto mais feliz por ter sabido contornar as divergências sem magoar a ninguem. E nem a mim.


Padu |

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